sexta-feira, 24 de abril de 2015

Reflexões sobre inclusão.

Amigos! 

                Hoje não venho fazer nenhuma postagem sobre links úteis ou quaisquer indicações, venho falar sobre um assunto que muitos já estudaram e estudam: Inclusão.
                Sou oficineira em um serviço de saúde mental infantil e convivo diariamente com questões voltadas aos mais diversos funcionamentos psíquicos, traumas e transtornos do desenvolvimento.
                Percebo a luta de pais e profissionais para que essas crianças vivam normalmente como todos na sociedade e tenham acesso a direitos fundamentais como saúde, escola, moradia, emprego, entre outros. É uma busca constante para dar autonomia à criança e ao adolescente para que vivam em sociedade de forma digna e justa, tendo respeito e oportunidade.
                Faço parte de um coletivo teatral que tem pesquisa no teatro popular e no teatro de rua, fazemos nossas apresentações em bairros distantes com pouco ou nenhum acesso à cultura, pois acreditamos que todos tem direito a mesma.
                Nessa caminhada por todos esses lugares, percebo que não basta pensar inclusão, é preciso agir inclusão. Mas aí você pode perguntar: Não é tudo a mesma coisa? Não.
                Posso pensar inclusão e agir de forma diferente nas mais diversas situações, por exemplo: Quando eu acho bonitas as teorias sobre inclusão, dos mais diversos tipos, síndrome, saúde mental, cadeirante, ato infracional, drogas e etc., estou pensando inclusão. Então me deparo com uma dessas situações na minha sala de aula e a excluo dos demais, estou agindo de forma não inclusiva. E por motivos vários muitas vezes agimos assim. Peguemos uma situação banal: Estou numa sala onde somos todos estudantes e percebo que um colega quer fazer parte de um grupo, quer estar conosco e dividir suas dúvidas e anseios, mas eu por não gostar da forma como ele pensa, excluo qualquer possibilidade dele estar neste grupo, aí estou agindo contra a inclusão. Perceba que aqui estou falando no sentido da palavra inclusão (Do verbo incluir; do latim includere; no sentido etimológico, significa conter em, compreender, fazer parte de, ou participar de.), logo, se pensarmos no sentido da palavra veremos que estamos indo mal quando agimos assim.
                Incluir, aceitar as diferenças e conviver com elas de forma saudável e harmônica, eis um grande desafio para a raça humana.

                Todavia, com essas observações, quero apenas dividir um pensamento para que a discussão seja ampla e sempre honesta, pois todos nós "normais" ou "diferentes" precisamos estar inclusos em algum lugar do nosso imenso planeta.

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